Dirigida por Ridley Scott, chega aos cinemas como Gladiador 2 (Gladiator II), levando os espectadores de volta ao império romano, mais de 20 anos após os eventos do primeiro filme.
Em Gladiador II, Hanno (interpretado por Paul Mescal), busca vingança nas arenas de gladiadores e se vê envolvido nas complexas intrigas políticas de Roma.
O filme mistura ação em escala grandiosa com uma reflexão sobre o ciclo do poder, questionando se seria possível restaurar a República Romana.
Macrinus e a Vingança Silenciosa
Daqui pra baixo, esteja ciente que você vai entrar na arena dos SPOILERS.
Embora em grande parte a raiva do protagonista seja direcionada para o general Marcus Acacius (Pedro Pascal), o twist é que o enigmático Macrinus, interpretado por Denzel Washington, é o principal vilão da trama.
Ex-gladiador e ex-escravizado, ele ascende ao poder através de manipulações e traições, eliminando os imperadores Caracalla (Fred Hechinger) e Geta (Joseph Quinn) para tomar o controle do Senado.
A ambição de Macrinus reflete a luta histórica pelo poder em Roma, onde golpes de estado e manipulações políticas foram frequentes.
A ascensão de Macrinus pode ser comparada a figuras históricas como Júlio César, que também usou a instabilidade para conquistar o império. Sua habilidade de controlar as massas e usar gladiadores como instrumentos de seu poder faz dele uma figura temida e admirada.
Com sua agenda para governar Roma, Macrinus é um homem inteligente e paciente. Sua história particular é de um homem que sofreu na mão de poderosos, e compreendeu que sua vingança seria tomar o poder.
Lucius e as Reviravoltas de Gladiador 2
Durante a história, Hanno se revela como Lucius Verus (Paul Mescal), filho de Maximus (interpretado por Russell Crowe no filme original).
Sua trajetória na trama é de um homem que vive a raiva, mas tenta encontrar outros caminhos.
O espelhamento e afastamento dele com Macrinus é que, enquanto o personagem de Denzel torna sua jornada uma corrida particular pelo que entende ser a linguagem do mundo, o roteiro propõe que Lucius aprende com seu entorno e aprende a perdoar.
Suas jornadas interligadas chegam ao ápice quando Lucilla (Connie Nielsen) é assassinada por Macrinus durante uma batalha épica na arena.
A morte de sua mãe, somada a outras injustiças faz com que Lucius lidere de revolta apenas de vingança, mas também de redenção e de luta pela liberdade de Roma.
As ações de Hanno / Lucius se tornam inspiração para uma revolta na capital do Império. ao mesmo tempo, a cidade é citiada por uma tropa revoltosa, que deseja sustentar uma retomada dos poderes ao senado.
No clímax Macrinus usa seus poderes de consul regente para ordenar o numeroso exercito de pretorianos a eliminação da tropa revoltosa. Contudo, a disputa se torna pessoal.
Lucius chega a cavalo nos portões de Roma, onde o vilão o desafia para um duelo debaixo da estátua de loba.
Em uma estética seca e ao mesmo tempo poética, os dois duelam inclusive caindo no rio / fosso do lado de fora das cidade. Macrinus se mostra com vigor de batalha, porém mesmo em desvantagem Lucius o golpeia com uma pedra. No auge da batalha, o protagonista desfere um golpe certeiro, e o braço do adversário cai ao lado dele.
Diante das tropas, Lucius faz um discurso sobre unidos construir um novo futuro mais justo para Roma.
Assista abaixo nossa crítica rápida do filme, a aproveite pra se INSCREVER no canal:
O Final e Futuro de Gladiador
Assim, o filme se encerra sem uma cena pós-créditos, mas deixando algumas pontas para a continuação.
Na história real de Roma, alguns líderes propuseram reformas republicanas, mas acabaram atravessados por dinastias imperiais. A restauração da República é, portanto, um ideal inatingível, uma utopia que nunca se concretizou.
Enquanto isso, a cena final mostra Lucius se conectando com um mundo espiritual, assim como Maximus fazia.
Qual desses caminhos será abordado em Gladiador 3?
Assista ao trailer completo e dubalado de Gladiador 2: