Em um ano marcado por produções cinematográficas de alta qualidade, Ainda Estou Aqui se destaca como uma das apostas mais fortes para o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025.

Dirigido por Walter Salles e estrelado por um elenco brabo, incluindo Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro, o filme chega aos cinemas brasileiros em 7 de novembro, após uma série de sucessos em festivais internacionais e sua estreia no Festival de Veneza, onde conquistou o prêmio de melhor roteiro.

Uma Imersão na História e na Emoção

Com um estilo sensível e mais formal, Ainda Estou Aqui não busca inovações cinematográficas, mas entrega uma narrativa intimista e tocante.

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O filme se passa nos anos 70, durante o regime militar, e usa elementos visuais como a fotografia em Super 8 com granulações e a trilha sonora da época para criar uma atmosfera de nostalgia e imersão.

Walter Salles Jr. apresenta um trabalho maduro, com movimentos de câmera suave e privilegiando a sensibilidade da história que está contando.

Um exemplo disso é como o simples espalhamento de uma cena em momentos diferentes da família Paiva em uma soverteria consegue emocionar, ainda que com um texto bem naturalista.

Pessoas e Memórias

Baseado em uma história real, e neste livro de Marcelo Rubens Paiva, a grande força do filme está na interpretação de seu elenco.

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O destaque é Fernanda Torres, como Eunice Paiva, a matriarca que enfrenta o desaparecimento do marido e precisa abraçar sua vida e a de seus filhos. Ela entrega uma performance minimalista e poderosa.

Selton Mello, como Rubens Paiva, também é marcante e consegue transmitir sua ausência quando seu corpo é removido da história.

E a foto não ficaria completa sem os outros membros da casa. Destacando aqueles da “primeira fase”, o elenco conta com Valentina Herszage, Barbara Luz, Luiza Kosovski, Guilherme Silveira, Cora Mora e Pri Helena.

Juntos, os atores criam um retrato naturalista e genuíno de uma família de classe média carioca que lida com as perdas e com a necessidade de seguir em frente.

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Conclusão

Ainda Estou Aqui é uma obra que, ao contrário de buscar avanços cinematográficos, aposta na sensibilidade e na profundidade emocional.

Com atuações impecáveis e um olhar introspectivo sobre o Brasil durante a ditadura, o filme promete tocar o coração do público e figurar como um forte concorrente nas premiações internacionais. Sua estreia está marcada para 7 de novembro, e, se você busca uma história que mistura história e emoção, Ainda Estou Aqui é uma produção imperdível.

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