Em um futuro marcado pela opressão, cinquenta jovens são forçados a caminhar até a exaustão, em um espetáculo controlado pelo cruel Major (Mark Hamill). Um dos grandes lançamentos da temporada, A Longa Marcha (The Long Walk) adapta um dos romances mais sombrios de Stephen King.
Refletindo sobre temas sombrios, o filme mistura horror físico e crítica política, transformando uma competição sangrenta em metáfora sobre poder e resistência.
Amizade em meio ao horror
No centro da trama estão Ray (Cooper Hoffman) e Peter (David Jonsson). Ray é movido pela raiva contra o regime, enquanto Peter, mesmo vindo de uma infância brutal, mantém a capacidade de ver esperança onde só existe dor.
Essa parceria inesperada mostra que, mesmo diante da desumanização, ainda é possível preservar humanidade.
Por que assistir?
Com direção de Francis Lawrence (saga Jogos Vorazes), a adaptação vai muito além do terror. Ela provoca reflexão sobre regimes autoritários, a manipulação das massas e o valor da solidariedade.
Se você gosta de cenas fortes, certamente encontrará aqui momentos de tensão memoráveis. Mas este é também um filme rico em elementos para discussão, que convidam o espectador a pensar sobre a relação entre raiva individual e bem coletivo.
Entre o desejo de vingança e a responsabilidade com os outros, o filme propõe uma leitura simbólica sobre o ciclo da violência e como nossa origem e história pessoal influenciam nossa visão política. Tudo dentro de uma narrativa que, na superfície, parece apenas um reality distópico, mas que se revela muito mais profundo. Confira nossa crítica rápida saindo do cinema:
A Longa Marcha, dirigido por Francis Lawrence, é distribuído pela Lionsgate (no Brasil pela Paris Filmes). O filme estreia em 2025, disponível nos cinemas em versões dublada e legendada.