O mundo da Fórmula 1 é conhecido por suas curvas traiçoeiras, rivalidades lendárias e decisões que custam milésimos de segundo. Mas e se, no centro dessa adrenalina, estiver um homem tentando provar que ainda tem algo a oferecer?
F1 – O Filme (F1 The Movie) aposta nesse retorno improvável, misturando drama psicológico e velocidade real com uma entrega visual poderosa. E sim, já adiantamos: este artigo comenta spoilers leves e revela se há ou não cena pós-créditos.
O Futuro no Retrovisor
Na história, acompanhamos Sonny Hayes (vivido por Brad Pitt), um ex-piloto da Fórmula 1 que retorna às pistas após anos afastado, convocado para ajudar a escuderia (fictícia) APX GP. Ao lado dele está o promissor Joshua Pearce, interpretado por Damson Idris, jovem talento que representa a nova geração da elite automobilística.
Mais do que um filme de ação ou drama de esporte, F1 mergulha no psicológico desses competidores. A história foca nos bastidores, na tensão entre experiência e impulsividade, no peso das decisões milimétricas e no que significa pilotar quando já se perdeu quase tudo.
Direto do Pitstop
A direção é de Joseph Kosinski (Top Gun: Maverick e Tron Legacy) e a produção assinada por Jerry Bruckheimer, com o envolvimento direto da própria Fórmula 1, da Apple Studios e da Skydance Media. Lewis Hamilton atua como produtor e consultor técnico, garantindo fidelidade ao universo real das pistas, além de fazer uma ponta.
As cenas de corrida foram filmadas durante GPs da vida real, com carros adaptados especialmente para a narrativa. O elenco ainda conta com Kerry Condon, Javier Bardem e Tobias Menzies em papeis de destaque, além de participações discretas de famosos pilotos.
Vale a pena assistir?
Com cerca de 2h35 de duração, F1 entrega uma experiência cinematográfica bem recheada, com fotografia realista, câmeras embarcadas em alta resolução e uma trilha sonora synthpop constante, que cria um clima imersivo.
A narrativa equilibra ação, adrenalina e até momentos de romance, ao mesmo tempo que mostra um pouco dos bastidores das grandes equipes com um foco emocional parecido ao da série Fórmula 1: Dirigir Para Viver, da Netflix.
Entrando na mesma prateleira de clássicos como Rush – No Limite da Emoção ou Ford vs Ferrari, o filme reúne os ingredientes certos para quem busca uma história com emoção, rivalidade, recomeços e até um toque de romance.
Mesmo usando alguns clichês do gênero esportivo, a narrativa mantém o espectador imerso na experiência, com o peso e o ritmo de um grande filme pensado para o cinema.
Assista nossa crítica review completo:
Tem cena pós-créditos?
Não. F1 – O Filme não tem cena pós-créditos. Mas, de certo modo, o próprio filme entrega um tipo de “epílogo cinematográfico” antes dos créditos finais.
Após concluir sua jornada com a APXGP, Sonny Hayes (Brad Pitt) é mostrado correndo em um rally no deserto de Baja, no México, longe das regras rígidas da Fórmula 1.
A imagem é clara: ele é um viciado em adrenalina, e talvez nunca encontre paz fora das pistas. Esse final deixa no ar uma ideia de liberdade, e também mantém a atmosfera de um cowboy misterioso em suas decisões, algo que permeia o personagem em sua jornada.
Não há ganchos para continuações, mas o tom leve dessa sequência deixa em aberto que podemos ver mais uma aventura com Sonny Hayes.
Tudo para assistir
F1 – O Filme (F1, 2025) é um drama de ação com direção de Joseph Kosinski e estrelado por Brad Pitt, Damson Idris, Kerry Condon, Javier Bardem e Tobias Menzies.
O filme tem 2h35 de duração, classificação indicativa de 12 anos e chega aos cinemas do Brasil em 26 de junho de 2025, com distribuição da Warner Bros. Pictures.