Em Tron Ares (2025), o que começa como uma corrida tecnológica entre mundos termina como o despertar de uma nova consciência. E segundo a cena pós-créditos, também pode ser o reinicio da franquia.
Quer saber tudo sobre o filme? Vem com a gente no artigo mais completo sobre Tron Ares:
Qual a história do filme?
Este novo capitulo costura sua trama entre duas potências digitais: a ENCOM, liderada por Eve Kim (Greta Lee), e a Dillinger Systems, comandada por Julian Dillinger (Evan Peters), neto do lendário vilão Ed Dillinger.

No meio desse tabuleiro, surge Ares (Jared Leto), o programa supremo de defesa criado por Dillinger — um código capaz de pensar e agir sozinho.
Quando Eve descobre a fórmula capaz de trazer vida digital ao mundo real por mais de 29 minutos, inicia-se uma corrida contra o tempo, e contra a própria natureza.
O que parecia ser um thriller tecnológico se transforma numa grande aventura sobre consciência e liberdade, ainda que sem mergulhar tão intensamente nas reflexões filosóficas dos filmes anteriores. Confira nossa crítica rápida:
Final explicado
O filme então toma forma como uma grande perseguição, com os programas de Dillinger perseguindo Kim no mundo real.
É neste processo que Ares cria o desejo de se libertar e viver livre no mundo real, enquanto a programa Athena (Jodie Turner-Smith) assume o papel de líder na caçada.
No desfecho, Ares foge da grade o qual estava preso e finalmente encontra Flynn em uma camada isolada de código, incluindo um ambiente com CGI retro, onde compreende o segredo da “fórmula da permanência” — o que lhe permite existir de forma estável no mundo real.

Esse conhecimento é compartilhado com Eve e a ENCOM, que passa a desenvolver impressoras orgânicas baseadas em matrizes digitais, capazes de criar vida e matéria biológica a partir de dados.
Pelo que dá a entender, a empresa investe esta inovação no desenvolvimento de especieis de cultivo que possam se tornar alimento, e na replicação de medicamentos.
Enquanto isso, Ares, agora em forma humana, é visto vivendo livre pela Europa, mandando uma carta e observando o cair do sol — um gesto simples, mas que simboliza tudo o que ele buscava: ser mais do que um programa, ser alguém.
É um encerramento bonito, melancólico e esperançoso, com um herói experimentando o mundo fazendo um paralelo com Quorra no final de Tron Legacy,
Cena pós-créditos explicada
Mas a história não para nos créditos.
A verdadeira cena pós-créditos mostra o que acontece com Julian Dillinger após ser cercado pela polícia. Em vez de se render, ele ativa um canhão de energia reverso e é transportado para a sua própria Grade, o mundo digital da Dillinger Systems.
Lá, em meio ao caos elétrico, um novo disco de identidade surge diante dele — vermelho, pulsante, e com o mesmo padrão circular dos antigos programas da MCP. À medida que ele o segura, uma armadura começa a se formar ao redor do seu corpo, e sua voz ecoa nas trevas:
SARK
É o momento que redefine tudo: Julian se torna o novo Sark, assumindo o manto do vilão clássico do Tron original (1982), que era o executor do Master Control Program.

A herança de Ed Dillinger (que aparece em um quadro neste filme) está completa. O ciclo entre criador e criatura se inverte. Agora, o vilão não é mais um programa que quer ser humano, mas um humano que escolheu se tornar programa.
Essa revelação funciona como a grande conexão com o filme original e o prenúncio de um novo conflito para a franquia: Ares versus Sark o homem que virou programa contra o programa que virou homem.
Vale a pena assistir até o fim?
Tron: Ares é o capítulo mais acessível da saga, mas guarda nas entrelinhas o simbolismo que fazem da franquia um clássico.
Mas pensando em cronologia, nem é tão adequado chamar este filme de Tron 3 posto que um dos seus pontos é funcionar muito bem de forma isolada.
Entre luzes e circuitos, o filme entrega um espetáculo visual, e principalmente sonoro com a trilha do Nine Inch Nails. E com esse final, fica a deixa de que talvez a Disney tenha pensado nessa retomada mais básica para trazer mais elementos da mitologia nos próximos filmes.
Tron Ares tem 1h 59m de duração e classificação livre.

