Como seria um pesadelo filmado? Hurry Up Tomorrow: Além dos Holofotes não é só um filme – é uma descida ao subconsciente de Abel, um artista mundialmente famoso que vive à sombra da própria imagem.
Dirigido por Trey Edward Shults (As Ondas), o longa é uma colaboração com Abel Tesfaye, também conhecido como The Weeknd, e serve como extensão visual e narrativa de seu álbum conceitual de mesmo nome.
Esta é uma obra original e independente, e acaba sendo uma grande fusão de surrealismo e atmosfera de horror.
O que é o filme Hurry Up Tomorrow?
No centro do filme está Abel (The Weeknd), um cantor em crise criativa e emocional, que sofre de uma insônia devastadora. Quando conhece Anima (Jenna Ortega), uma jovem obcecada por sua arte, ele mergulha em uma relação tão intensa quanto confusa. Juntos, os dois embarcam em uma jornada surreal onde o tempo e a realidade se dissolvem.
Nesse universo onírico e instável, a fama se torna um labirinto de paranoia e autoengano. Entre espelhos distorcidos e visões alucinantes, Abel tenta escapar de sua própria mente — ou de algo muito pior.
Direção, trilha sonora e estilo
Trey Edward Shults imprime ao filme um estilo hipnótico e claustrofóbico, com câmeras que colam no rosto dos personagens, cortes abruptos e uma estética entre o onírico e o sufocante.
A trilha sonora também é um ponto brabo. Composta por The Weeknd e Daniel Lopatin (Oneohtrix Point Never), os sons distorcidos, as batidas eletrônicas synthpop e os vocais angustiados reforçam a sensação de estar em um sonho ruim — ou pior, preso nele.
Assim o longa acaba sendo atraente não só para fãs do artista mas também para fãs de cinema, especialmente de terror.
O final de Hurry Up Tomorrow não oferece respostas fáceis — pelo contrário, ele amplia o impacto do filme como uma experiência subjetiva.
Assista ao trailer completo: