Se você achava que o retorno de Beetlejuice poderia ser apenas uma sombra do clássico de 1988, é melhor se preparar para uma mistura de velhas glórias e novas abordagens. “Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice” busca resgatar o espírito do original, mas enfrenta seus próprios desafios enquanto tenta cativar uma nova geração.

Começo Promissor, Mas com Algumas Falhas

O filme inicia com uma ambientação que busca parecer mais realista, estabelecendo um cenário que parece ancorado no mundo moderno. Este início, carregado de referências ao filme original, tenta agradar os fãs com detalhes e diálogos nostálgicos. No entanto, essa introdução pode parecer um pouco forçada e descolada em comparação com o charme orgânico do original. Michael Keaton, apesar de seu retorno à pele de Beetlejuice, enfrenta a difícil tarefa de reanimar um personagem que, para muitos, é insubstituível.

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Retorno ao Mundo Exagerado com Desafios

À medida que o filme mergulha no pós-vida, o retorno ao estilo cartoonístico é um alívio visual, mas também revela alguns problemas. O mundo dos mortos, com sua paleta exagerada e humor visual, lembra as animações dos Looney Tunes e o expressionismo alemão, mas não alcança o mesmo nível de inovação que o original. A tentativa de reviver a energia do primeiro filme é evidente, mas a execução às vezes parece mais um exercício de nostalgia do que uma atualização criativa.

Críticas ao Roteiro e Piadas

O roteiro enfrenta críticas significativas, especialmente em relação a algumas piadas que caem mal e decisões de enredo que podem desagradar os puristas. A abordagem da burocracia pós-morte, que deveria adicionar uma camada extra de comédia, muitas vezes parece uma tentativa forçada de capturar o humor ácido de Burton. Em comparação com Dark Shadows (2012), onde Burton também misturou humor com o sobrenatural, a execução aqui não consegue sempre manter o equilíbrio desejado.

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Novos Elementos com Impacto Misto

A adição de Jenna Ortega, conhecida por Wandinha, traz uma nova energia, mas sua inclusão pode parecer mais uma jogada para atrair uma nova audiência do que uma contribuição essencial ao enredo. Os efeitos visuais misturam técnicas práticas e digitais para criar um mundo pós-vida vibrante, mas a inovação é desigual e nem sempre eficaz. A trilha sonora de Danny Elfman, embora ainda marcante, não tem o mesmo impacto memorável que a colaboração em O Estranho Mundo de Jack (1993).

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Conclusão

Com o retorno de Winona Ryder e Catherine O’Hara aos seus papéis icônicos, “Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice” tenta ser uma celebração do legado de Tim Burton, mas enfrenta desafios significativos. A mistura de nostalgia e inovação oferece momentos de diversão, mas também deixa a desejar em vários aspectos. O filme é uma lembrança de que, mesmo décadas depois, o espírito de Beetlejuice pode ser tanto um triunfo quanto uma luta para se manter relevante.

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