Coringa – Delírio a Dois (Joker: Folie à Deux) vai além das expectativas de uma típica adaptação de quadrinhos, utilizando o vilão como uma lente para examinar problemas sociais profundos.
Dirigido por Todd Phillips, o filme aborda saúde mental, alienação e manipulação ideológica.
O que o filme entrega no final? Existe uma cena pós-créditos para um Coringa 3? Entenda melhor aos detalhes do filme aqui no A Geleia:
Coringa 2 | A Verdadeira História
O filme inicia com Arthur em Arkham, aguardando julgamento por uma série de crimes no longa anterior.
Assim, este segundo longa se assume como ainda menos interessado em ser uma “história de origem” baseada em quadrinhos. O desejo é sim mergulhar na psicologia de Arthur Fleck, interpretado por Joaquin Phoenix, como um portal para analisar questões sociais.
Com isso a trama pode frustrar quem desejava mais loucuras. Por outro lado, apresenta um novo campo interessante para quem quer uma história nova e complementar ao filme de 2019.
Além de abordar a saúde mental, o Folie à Deux traz algumas perguntas-chave: Arthur e Coringa são a mesma pessoa? Uma pessoa adoentada pela sociedade pode ser condenada em um tribunal?
A brutalidade que ele enfrenta em Arkham destaca a necessidade de um tratamento mais humano para indivíduos marginalizados.
Qual é do Musical?
Dentro da lógica dessa narrativa, o filme apresenta Lee. Interpretada por Lady Gaga, a personagem se aproxima de Arthur por seu fascínio pelo Coringa e seus feitos no longa anterior.
Esse reconhecimento aquece a vaidade de Arthur. É esse sentimento de alegria e conexão que cria os momentos de musical dentro do filme.
Entre Fascismo e Violência: Os temas de Coringa 2
Esse elemento se entrelaça com os temas anteriores. Ao levar o personagem a um tribunal, Coringa – Delírio a Dois provoca uma reflexão sobre as expectativas que o público deposita em Arthur.
Ele se torna um ícone de revolta, evidenciando como a alienação pode alimentar movimentos radicais.
Da mesma forma, é possível que muitas pessoas vão assistir a este filme apenas para ver o Palhaço do Crime causar o caos. Porém não é isso que a história vai te entregar.
A explosão do carro-bomba durante o julgamento simboliza a rápida escalada da violência em uma sociedade que negligencia seus membros vulneráveis, refletindo como figuras da mídia podem criar cultos.
A busca de Arthur por aceitação e seu medo da rejeição de Lee ressaltam os perigos de uma visão que radicaliza o sofrimento, semelhante à cultura red pill.
Coringa 2: Pós-Créditos e Final
Após renunciar à sua persona do Coringa, Arthur é rejeitado por Lee.
Esse momento de rejeição reflete a luta contínua de Arthur contra a solidão e a busca por aceitação.
O filme termina com o personagem voltando para seu estado original, perdido entre os corredores do Arkham como um homem sem poder.
O ato final de violência, quando um outro paciente o esfaqueia enquanto ri, não apenas encerra sua vida, mas simboliza a tragédia de um homem que procurava conexão em um mundo que o desprezava.
Assim, a história termina sem uma cena pós-créditos, mas mostra que os ciclos de violência podem ser contínuos.
Materialmente, isso se manifesta na forma como essa cena final brinca com o espectador, sugerindo uma conexão entre o paciente do Arkham e o Coringa de Heath Ledger.
E agora, você quer um Coringa 3?
Assista ao trailer completo e dublado de Coringa – Delírio a Dois (Joker: Folie à Deux):