Buscar respostas e questionar o desconhecido pode nos levar ao terror. O Convento (Consecration), dirigido por Christopher Smith, representa um convite a adentrar um mundo de sombras e mistérios.
Protagonizado por Jena Malone e Danny Huston, dois talentos que sopram vida em seus personagens, este filme nos apresenta uma trama envolvente e enigmática.
A história segue Grace, interpretada por Malone, uma mulher determinada que embarca em uma busca incansável pela verdade por trás da morte de seu irmão, um padre que aparentemente cometeu suicídio.
Sua jornada a leva a um remoto convento na Escócia, onde segredos antigos e perturbadores começam a emergir, lançando sombras sobre a trama.
Caindo em um labirinto
O Convento se destaca ao adotar um ritmo mais cadenciado e deliberado em contraste com os frenéticos filmes de terror contemporâneos. Aqui nos encontramos no papel de detetives, onde cada descoberta se transforma em uma peça de um quebra-cabeça sombrio e experimentar a confusão e inquietação de Grace.
Assim, O Convento caminha junto dos filmes de terror das décadas de 60 e 70, uma época em que o gênero explorava temas de paranoia e questionamentos psicológicos de maneira marcante.
O filme evoca lembranças de clássicos como “O Bebê de Rosemary” (Rosemary’s Baby, 1968), mergulhando na sensação de que nem tudo é o que parece, e que a própria realidade está sujeita a interrogações.
Alguns elementos visuais referentes aos cultos me remeteram diretamente a Bodas de Satã (The Devil Rides Out, 1968) e Uma Filha para o Diabo (To the Devil a Daughter 1976), produções da Hammer que exploram de forma única a atmosfera de mistério.
Essa abordagem, aliada a uma estética mais pálida, resgata uma atmosfera que tem sido rara nos horrores mais contemporâneos.
O Convento é uma jornada que presta tributo à essência do terror clássico, ao mesmo tempo que incorpora os elementos intrigantes dos thrillers contemporâneos.
No Brasil o filme é distribuido pela Imagens Filmes. Assista ao trailer completo: