O homem se foi. Paulo César Pereio, um ícone do cinema brasileiro nos deixou aos 83 anos. Sua contribuição artística marcou a história.
Paulo César Pereio, nascido em Alegrete, Rio Grande do Sul, foi uma figura emblemática que trabalhou com cineastas renomados como Glauber Rocha, Hector Babenco, Arnaldo Jabor, Hugo Carvana e Ruy Guerra.
Atuou em mais de 60 filmes, deixando um legado de obras que refletem a riqueza e diversidade do cinema nacional.
O Legado de Pereio
Entre seus filmes notáveis, destacam-se:
- “Terra em Transe” (1967), de Glauber Rocha, uma obra que desafia o status quo e questiona a realidade política brasileira da época.
- “Bang Bang” (1971), de Andrea Tonacci, uma comédia policial satírica que apresenta Pereio no papel do “Homem-macaco”, em uma trama cheia de aventuras e perseguições.
- “Toda Nudez Será Castigada” (1973) e “Eu Te Amo” (1981), ambos de Arnaldo Jabor, filmes que exploram as complexidades das relações humanas e a sociedade.
- “Iracema: Uma Transa Amazônica” (1974), de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, um road movie que é também um retrato social do Brasil.
- “As Aventuras Amorosas de um Padeiro” (1975), de Waldir Onofre, uma comédia suburbana que aborda a independência feminina e as relações amorosas.
Além do cinema, Pereio teve uma atuação marcante na televisão e teatro.
Suas atuações marcantes na televisão incluem novelas como “Partido Alto”, “Roque Santeiro”, “Mandala”, “O Salvador da Pátria”, “A Viagem” e “Duas Caras”, e na peça “Roda Viva”, de Chico Buarque, dirigida por Zé Celso Martinez Corrêa.
Com sua persona mal humorada e voz potente, Pereio fez participações em diversos programas sobre cinema.
A Morte de Pereio
Sua partida, causada por uma doença hepática avançada, é uma grande perda para a cultura brasileira. Mas seu espírito rebelde e sua arte viverão eternamente em suas obras e na memória daqueles que tiveram o prazer de conhecer seu trabalho.
Que Paulo César Pereio descanse em paz, e que seu legado continue inspirando gerações futuras de artistas e amantes do cinema.